Primeiramente o diplomata norte-americana disse que uma parte de sanções antitrussas permanecerá em vigor enquanto a península da Crimeia faça parte da Rússia.
“As sanções relacionadas com a Crimeia ficarão até que continue a sua ocupação”, declarou John Tefft respondendo a uma pergunta.
Abordando o assunto do futuro da Síria, Tefft disse que Washington está de acordo com Moscou no que diz respeito à necessidade de preservar a integridade e o caráter secular do Estado sírio e que é preciso parar a expansão dos grupos terroristas.
“Concordamos que precisam da resolução política desta guerra civil horrível que continua já por quase 5 anos”, afirmou. “Concordamos que é preciso preservar o estado sírio e institutos estatais e preservar a Síria como um Estado íntegro e secular”, disse Tefft.
O diplomata disse que os EUA não querem que a Síria se desintegre, seguindo o exemplo da Iugoslávia.
“Respondendo à questão de hipótese de dividir a Síria em vários Estados posso dizer o seguinte, com efeito, neste assunto a nossa posição coincide com a da Rússia. Queremos que a Síria seja um país íntegro, secular e pacífico”, afirmou Tefft.
“Não suavizamos a nossa atitude a Assad. Assad não pode ser a parte do futuro sírio no longo prazo. Não é porque os EUA consideram assim, mas porque as ações de Assad […] fizeram-no uma figura inaceitável para milhões de sírios que sofreram das suas ações”.
Tefft afirmou que Assad deve salvar o seu país e o único meio de fazer isso é assegurar o processo de transição política no país. Na sua opinião, Assad está entre as razões do terrorismo crescente na região.
“Se falamos do combate ao Estado Islâmico é necessário frisar que Assad é um imã para o terrorismo. As suas ações atraem mais militantes estrangeiros ao Estado Islâmico”, disse o diplomata norte-americano.
“Enquanto a Rússia declarou que o Estado Islâmico é o alvo principal dos ataques, estamos vendo que a maioria de ataques se realiza contra oponentes de Assad. Consideramos que apoiando o regime de Assad não é possível parar a guerra. Ao invés disso a Rússia pode exercer a sua influência sobre Assad para obriga-lo suspender bombardeamentos contra o seu povo”.
Ao mesmo tempo, Tefft fez uma declaração que contradiz à do secretário da Defesa norte-americano Ashton Carter que na segunda-feira (27) afirmou que os objetivos da Rússia e EUA na Síria não coincidem.
“Queria destacar algo que frequentemente se perde no meio de discussões dos ataques aéreos. Os objetivos principais dos EUA e da Rússia na Síria são comuns. Estamos de acordo que a situação atual na Síria é inaceitável”, destacou o embaixador norte-americano.