Viragem estratégica: os jogos no Oriente Médio continuam

© AP Photo / Hasan JamaliCimeira de segurança no Oriente Médio em Bahrein
Cimeira de segurança no Oriente Médio em Bahrein - Sputnik Brasil
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Analistas avaliaram o desenvolvimento da atual situação no Oriente Médio, sublinhando a mudança de posições de vários países.

O site analítico What They Say About USA (O que dizem sobre os EUA) lembrou um pouco da história da situação no Oriente Médio e publicou um artigo com base na revista Le Monde Diplomatique.

O site lembrou que, após os atentados em Nova York de 9/11, os EUA passaram a conduzir uma política contra o Irã, dizendo que o país tinha armas de destruição em massa, à semelhança da famosa retórica sobre o “eixo do mal”, lançada pelo então presidente norte-americano George W. Bush. 

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Mas, passados estes anos, não foram encontradas armas nucleares e o país que pretende comandar o mundo sem explicar nada a ninguém decidiu mudar de opinião. Segundo o site, já que o Irã conseguiu negociar o acordo nuclear e formou uma aliança não só com o Iraque, mas também com os EUA contra os terroristas do grupo Estado Islâmico, a retórica norte-americana não poderia continuar a mesma.

O site também ilustra a sua opinião com as provas apresentadas pelo político norte-americano Ron Paul, que mostram toda a hipocrisia do atual governo dos EUA. O ex-candidato à presidência questiona a postura oficial do seu país em relação às decapitações que acontecem na Arábia Saudita e as outras, realizadas por terroristas do Estado Islâmico. No segundo caso – a situação é terrível e os culpados devem ser castigados. Mas, em relação aos mesmos acontecimentos na Arábia Saudita, os EUA não reagem da mesma maneira e continuam sendo parceiros próximos. 

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Mas não são só os EUA que modificaram a sua posição em relação aos acontecimentos no Oriente Médio. A França, que inicialmente negou a possibilidade de realizar ataques aéreos contra o EI, já se rendeu ao aumento da tensão na região. Embora o Palácio do Eliseu tenha chamado a mudança de “evolução estratégica”, analistas do site acham que ela mostra a ausência total de estratégia.

Enquanto isso, desde o início, a Rússia sempre teve duas linhas principais na sua política na região em questão: o apoio ao presidente legítimo sírio Bashar Assad e o apelo à luta contra o terrorismo, representado na maioria pelos grupos Estado Islâmico e Frente al-Nusra.

A operação aérea que a Rússia realiza na Síria já mostrou importantes resultados, embora ainda seja cedo para se falar em uma vitória completa sobre os terroristas, segundo afirmou neste fim da semana (30) o alto representante do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, coronel-general Andrei Kartapolov. 

Desde 30 de setembro, a aviação russa, após o pedido do presidente sírio, Bashar Assad, está realizando uma operação contra posições do EI. De acordo com os dados do Estado-Maior General da Federação da Rússia, os combatentes terroristas já começaram recuando, perdendo os armamentos e material bélico na linha de frente. Drones de reconhecimento russos aumentaram o número de voos para melhor controlar a situação.

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