"Eu convidei Vladimir Putin pessoalmente. Porque nós podemos ter abordagens distintas sobre uma série de assuntos, mas na questão do clima nós precisamos estar unidos, já que questões como esta dizem respeito à toda a humanidade" – disse Hollande em entrevista à rádio Europe 1.
Na véspera, a ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia da França, Ségolène Royal, teceu fortes elogios à uma proposta climática apresentada por Putin na Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, ele expôs a ideia de criação de um fórum especial sob a égide das Nações Unidas para a apreciação de problemas ligados ao esgotamento de recursos naturais e mudanças climáticas.
"Nós acreditamos que tal iniciativa deve ser apoiada e minuciosamente estudada. Nós devemos desenvolver pesquisas nessa área, bem como a troca de informação entre cientistas e governos" – disse Ségolène Royal durante uma mesa redonda em Moscou.
Anteriormente, indagado sobre à possibilidade de Putin participar pessoalmente da conferência climática da ONU, o seu assessor Dmitry Peskov informou que a representação da Rússia no evento se dará num nível adequado.
No início de outubro, a ONU divulgou o primeiro esboço de um texto de negociação para a conferência, que tem por objetivo fechar um ambicioso acordo entre as nações a fim de impedir que as temperaturas globais subam mais de 2º Celsius, em comparação com o período anterior à era industrial. O financiamento é considerado um elemento crucial para muitos países, com os Estados mais pobres esperando alguma assistência dos mais ricos no sentido de ajudá-los a reduzir emissões sem deixar de desenvolver suas economias.