"Depois de retirar [da linha de contato] o armamento de menos de 100 milímetros de calibre, a Ucrânia está devolvendo o armamento para a linha de contato. Parte dele estava apenas escondida. Estamos registrando movimentos de colunas, incluindo as com armamento pesado, para a linha de contato. Essas colunas não cruzam a linha, por enquanto, mas estão concentradas em estreita proximidade com a zona de segurança, onde não deveriam estar estacionadas. Devemos entender que cruzar a linha é questão de metros", sublinhou Deinego.
Deinego disse ainda que as provocações por parte das forças ucranianas são, em sua maioria, "ligadas às ações das unidades não controladas por Kiev" – batalhões de voluntários formados por combatentes nacionalistas ucranianos. "No entanto, isso não afasta a responsabilidade da Ucrânia", acrescentou o enviado da RPL.
O processo de retirada, que começou em 3 de outubro e cuja conclusão deve ser feita em 41 dias, é monitorado por representantes do Centro Conjunto de Coordenação e Controle (CMCA), que, por sua vez, enviam relatórios sobre os progressos da retirada para a Missão Especial de Monitoramento da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Na quinta-feira (5), as Forças Armadas da Ucrânia anunciaram o lançamento da fase final do processo – supostamente retirando da linha de contato os morteiros com menos de 120 mm de calibre. A RPL e a também autoproclamada República Popular de Donetsk também começaram a retirar seus morteiros.