"Nos disseram que estávamos postando imagens perturbadoras mas nós simplesmente postámos a verdade – igrejas, mosteiros e outros lugares santos sérvios incendiados, a destruição de monumentos, túmulos, e assim por diante", disse Nemanja Bisevac, um dos administradores da conta, aos jornalistas.
Jovan Aleksic, outro administrador da conta e ativista do grupo de protesto Estudantes Pela Verdade (Studenti za Istinu), disse à Sputnik que ele acredita que a página no Instagram foi suspensa após uma denúncia "daqueles que estão empurrando o chamado Estado de Kosovo para à UNESCO", apontando para a administração albanesa da região separatista.
Is this "taking care" of historical heritage? #NoKosovoUnesco @UNESCO pic.twitter.com/RgtAwB8XCQ
— Anja Petrovic (@NanaaaPe) 13 октября 2015
"Enviámos cartas com fotos e vídeos anexados que provam a destruição do patrimônio cultural sérvio no Kosovo… aos representantes de todos os 195 estados-membros da UNESCO. Temos realizado um grande protesto em Sremska Mitrovica [cidade sérvia no norte do Kosovo] contra o chamado Kosovo se tornar membro da UNESCO ", disse Aleksic.
Além disso, os Estudantes Pela Verdade produziram vídeos em sérvio, inglês e árabe, mostrando a aniquilação quase total do patrimônio religioso e cultural sérvio do Kosovo.
Há uma petição on-line apoiando o caso.
Os membros do órgão cultural da ONU deverão votar a adesão de Kosovo à organização em 9 de novembro.
Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008; Belgrado ainda considera que sete território é parte da Sérvia. A admissão do Kosovo à UNESCO requer o apoio de dois terços dos 195 membros, 111 dos quais já reconheceram a independência do Kosovo.
Devic monastery (15 century) — Srbica burned in March 2004. #Kosovo deserve @UNESCO memebership! #NoKosovoUnesco pic.twitter.com/D1VhYJrKpd
— Marko Jaksic* (@jaksicmarko) 13 октября 2015
Darko Tanaskovic, embaixador da Sérvia na UNESCO, disse à Sputnik anteriormente que a ideologia da "Grande Albânia" defende a destruição dos restos da cultura sérvia e a criação de uma cultura kosovar que se apropriará tudo no seu território.
Mais de 100 igrejas ortodoxas sérvias foram destruídos em Kosovo entre 1999 e 2004, enquanto o território separatista foi administrado pelas Nações Unidas.
A lista do Patrimônio Mundial inclui 802 monumentos culturais. Os únicos monumentos listados em Kosovo são uma série de mosteiros e uma igreja que, em sua maioria, datam do Império Bizantino. Em julho de 2006, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO incluiu os monumentos medievais em Kosovo na sua Lista de Perigo, citando "dificuldades na sua gestão e conservação decorrente da instabilidade política da região."