Foram 72 votos a favor e 63 contra.
A decisão sobre o processo independentista fora anunciada ainda em setembro, quando as autoridades catalãs assinalaram o início da campanha eleitoral com a tese de que as eleições de 27 de setembro seriam "plebiscitárias".
O jornal Ara, na mesma matéria que cita estas palavras do porta-voz da coalizão, começa assim: "Aprovada a declaração de ruptura".
Aliás, Romeva qualificou a resolução, na sessão de hoje, como o início do processo da "desconexão" da Espanha.
O governo da Espanha já reagiu a esta "declaração de ruptura" com a afirmação de que esta não tem força jurídica.
Várias fontes, tanto no governo espanhol como observadores políticos, têm afirmado que, caso a Catalunha realmente se separar da Espanha, irá automaticamente deixar de ser membro da União Europeia — já que seria um país novo, não inscrito na matriz da UE.
Vitória
Para os membros da "lista unitária", que tem a presença do ex-сhefe do governo regional, Artur Mas, e o antigo líder da oposição, Oriol Junqueras, trata-se de uma importante vitória formal depois do fracasso do referendo de 9 de novembro do ano passado. Naquela altura, o referendo fora reconhecido como inconstitucional pelo governo espanhol do conservador Mariano Rajoy. O plebiscito teve de ser realizado informalmente, como um "processo participativo".
Ganhas as eleições, o então presidente do governo regional, Artur Mas, foi convocado a um tribunal onde foi acusado de desobediência civil.
Umas semanas depois, em outubro, o porta-voz da coalizão informou que os seus membros estavam considerando a possibilidade de nomear Artur Mas de novo como presidente.