“Israel condena a decisão da União Europeia de marcar a produção israelense feita em regiões que estão sob o controle de Israel desde 1967. Lamentamos que a UE tenha decidido recorrer a esta medida excepcional e discriminatória inspirada pelo movimento de boicote por razões políticas, enquanto Israel se opõe a uma onda de terrorismo voltada contra todos os seus cidadãos e contra cada um deles”, diz-se no comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Na quarta-feira (11), o vice-presidente da Comissão Europeia para assuntos de euro e diálogo social, Valdis Dombrovskis, disse aos jornalistas que a UE não apoia “um boicote sob qualquer forma ou sanções contra Israel”.
“É um assunto técnico e não político”, afirmou Dombrovskis.
Todavia, a chancelaria israelense não está satisfeita com as declarações oficiais da UE.
“Deixa-nos perplexos ou mesmo irritados o fato de a UE ter decidido recorrer a padrões duplos especialmente em relação de Israel, ignorando mais de 200 disputas territoriais em todo o mundo, incluindo as que se continuam junto das fronteiras da União Europeia ou mesmo dentro dela. As afirmações que a medida tem um caráter técnico são cínicas e infundadas”, destaca-se no comunicado da chancelaria israelense.
Segundo a AFP, as autoridades palestinas saudaram este passo da Comissão Europeia, mas chamou-o de “insuficiente”.
Há que lembrar que, em abril, chanceleres de 16 países da UE enviaram uma carta à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, apelando a acelerar o processo de marcação dos produtos de territórios ocupados. Em setembro, o Parlamento Europeu adotou uma resolução em apoio desta iniciativa.