“Não penso que isto seja militarização“, disse Papp.
O oceanógrafo e navegador da Marinha norte-americana Timothy C. Gallaudet, que também participou da reunião, ecoou a ideia de Papp dizendo que a Rússia não se comporta de modo agressivo.
Papp justificou as ações russas no Ártico destacando que isso é que os EUA deveriam fazer no Alasca.
“Considero que o que eles [os russos] estão fazendo, na maioria dos casos, são coisas razoáveis, necessárias para assegurar a segurança ao longo do caminho marítimo o tráfego no qual está crescendo”, disse Papp.
“Passam muito tempo observando-as [as atividades russas no Ártico]. Praticamente todas as semanas recebo dados de inteligência nas reuniões no Departamento de Estado, visito três outros departamentos para ficar seguro de que estamos vendo a situação de modo adequado”, sublinhou Papp.
Os representantes da Marinha norte-americana afirmaram na reunião do Comité Internacional que os EUA não têm infraestruturas especiais e equipamento, bem como pessoal treinado para realizar atividades nesta zona, especialmente tendo em conta que o Ártico está degelando e os caminhos marítimos estão acessíveis por mais tempo que antes.
“Este país [a Rússia] está preocupada com a segurança do caminho marítimo que está desenvolvendo, está reinstalando aeródromos e bases ao longo do litoral, que se estende por quase metade do Ártico”, disse o representante especial pelo Ártico norte-americano.