"Ao longo das últimas duas décadas, o Exército de Libertação Popular da China (ELP) deixou de ser uma força grande, mas antiquada, para se tornar um exército moderno e capaz", afirma a equipe de pesquisadores liderada por Eric Heginbotham, cientista político especializado em assuntos de segurança do Leste Asiático.
Os pesquisadores enfatizaram que não estão antecipando uma guerra entre as duas potências, mas sim analisando as suas capacidades de superioridade aérea por meio da elaboração de dois conflitos teóricos.
A análise mostra que em 2017 os EUA não serão capazes de manter uma presença contínua no espaço aéreo de Taiwan. Washington precisaria de cerca de 2.000 aviões de guerra para atingir este objetivo, o que representa "mais aeronaves do que a América poderia esperar enviar, de maneira minimamente realista, para defender" a ilha, observou Michael Peck, premiado escritor e cientista político especializado em temas de defesa e segurança nacional.
"O estudo confirma o que todo mundo já sabe, que é que os EUA não podem alcançar a superioridade aérea sobre Taiwan da mesma maneira em que poderia, sem suar a camisa, na década de 1950 ou 1980", acrescentou.
"Como no caso de Taiwan, teria sido virtualmente impossível para os EUA manter uma presença decisiva 24 horas por dia, 7 dias por semana, desde o início de um conflito depois de 2010. No entanto, os resultados também sugerem que os EUA seriam capazes de alcançar superioridade aérea baseada no atrito em um período de tempo relevante, mesmo no caso de 2017", disseram os pesquisadores.
Ainda assim, a principal conclusão do estudo se mostra um tanto desagradável para Washington:
"Os EUA continuam a manter inigualáveis capacidades ar-ar. (…) No entanto, as melhorias contínuas das capacidades aéreas chinesas tornam cada vez mais difícil para os EUA alcançar a superioridade aérea dentro de um prazo política e operacionalmente eficaz, especialmente em um cenário próximo ao continente chinês."