O tema mais agudo da agenda internacional, especialmente depois dos atentados das últimas semanas – a queda do avião russo A321 no Sinai e a série de atentados em Paris – é claramente a luta contra o terrorismo, especialmente com o grupo jihadista Estado Islâmico.
“Se a Rússia não começasse a destruição do Estado Islâmico é óbvio que isso duraria por dezenas de anos. Como vimos durante a cúpula de G20 os críticos principais da Rússia, por exemplo, [o primeiro-ministro do Reino Unido David] Cameron declaram que sem Putin na Síria não será possível fazer nada. E nós já sabíamos disso”, disse Dodik.
Segundo o líder da República Sérvia, os “países que organizaram várias revoluções e guerras agora sofrem do efeito bumerangue”:
O político sérvio também explicou à Sputnik por que já não tem certeza em que a União Europeia seja uma escolha sábia para a República Sérvia. Segundo ele, “no caminho da Bósnia e Herzegovina à União Europeia não houve sequer uma reforma que não subentendesse que a República Sérvia devia recusar-se aos seus poderes”.
“Eu gostaria ver que a República Sérvia ao contrário fortaleceria a sua autonomia. A Europa de regiões e fronteiras abertas é a mentira”, disse.
É necessário lembrar-se do fato que a Europa atualmente vive a grave crise migratória, ligada com o maior afluxo de refugiados desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, provocada pela politica de portas abertas para refugiados sírios que fogem a situação ainda mais grave no seu país.
O político opinou que é necessário tratar do problema de migrantes com cuidado.
“Parece com aquela situação quando exigiam de nós mostrar solidariedade e introduzir sanções contra a Rússia por causa da crise na Ucrânia. Nós negamos, porque não achamos que tudo o que vai da Europa a priori deve ser recebido como o melhor. No final das contas a Europa já não parece tão atraente como uns anos atrás”, frisou Dodik.
“Eu não diria que a adesão à UE é completamente excluída. Mas a Europa, a tão ponto não pronta para resolver problemas, atrai menos. Eu e europeus digamos assim. A questão grande é como se tornaria a Europa no futuro”, ressaltou o político.