O Deutsche Nachrichten Wirtschafts (DWN) relatou no sábado (21) que a Rússia tem um plano de longo prazo para reconstruir a Síria depois que os terroristas forem derrotados, o que requer o envolvimento de outras potências regionais para garantir que a ameaça do extremismo seja extinto.
“O presidente russo, Vladimir Putin, está seguindo uma estratégia de longo prazo no Oriente Médio, segundo a qual os aliados tradicionais da Síria desempenham um papel importante. Com novas alianças com o Iraque e o Irã, a Rússia quer quebrar o domínio da Arábia Saudita, que através da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o wahhabismo desempenham um papel destrutivo tanto econômica quanto socialmente, na opinião da Rússia”, escreveu o DWN.
Rogozin explicou que a Rússia está usando armamento de precisão transportado por aviões de ataque Su-24, Su-25, e Su-34, a fim de derrotar os terroristas do Estado Islâmico, ao invés de civis. “Não somos, como os EUA na Iugoslávia, em 1999, usando munição velha. Eles limparam seu arsenal bombardeando apenas edifícios civis. Nós não podemos nos permitir fazer algo assim.”
Além disso, a Rússia é o único parceiro a ter apresentado um roteiro abrangente para a reforma síria após o fim da guerra, informou DWN. O plano, que foi apresentado em Viena no início deste mês, prevê um período de 18 meses, englobando reformas constitucionais e eleições presidenciais, na qual o presidente Bashar Assad pode participar.
“No entanto, a Rússia recusa-se a apoiar a derrubada externa de Assad, que a aliança liderada pelos EUA ainda define como um objetivo”, relatou o jornal a partir de Viena, onde mundo e as potências regionais com interesse em regular a crise síria iniciaram conversações em 30 de outubro para encontrar uma solução para o conflito.