Em entrevista exclusiva para a Rádio Sputnik, o Professor de Relações Internacionais da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo, Marcus Vinícius Freitas, aprova a decisão do governo brasileiro. Segundo ele, desta vez o Brasil não se posiciona de maneira ambígua sobre esse tipo de resolução. “Finalmente o governo brasileiro decidiu apoiar uma medida mais dura [pela comunidade internacional] em relação à tragédia que tem acontecido no Oriente Médio, e que precisa de alguma forma ser resolvida. Ou de uma maneira um pouco mais pesada com, a utilização de guerra, com a presença de tropas, ou então que, pelo menos, se busque um diálogo muito mais intenso para resolver a questão.”
O Plenário da Câmara poderá votar nos próximos dias o projeto do Executivo que tipifica o crime de terrorismo, prevendo penas de até 30 anos de prisão. O projeto já foi aprovado uma vez pelos deputados, mas foi alterado pelos senadores e, portanto, voltou para que a Câmara dê a palavra final. O especialista em Relações Internacionais lamentou que este debate só tenha começado agora, mesmo com o Brasil nunca ter enfrentado um ato de terrorismo antes. “O nosso problema aqui é uma guerra civil. Em muitos casos, falta de gestão pública da questão das drogas e outros problemas. Ainda assim, todo país hoje em dia tem de se preocupar com essa questão do terrorismo. É lamentável estarmos passando esta lei só agora. Não podemos esquecer que temos a questão terrorista [presente] há bastante tempo, desde o ataque ao World Trade Center, em 11 de setembro. Então, essas coisas já deveriam ter acontecido. É uma pena estarmos demorando tanto tempo para regulamentar algo que é uma preocupação no mundo inteiro.”