Propaganda dos EUA chega à mídia estrangeira através das embaixadas

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Como funciona a propaganda norte-americana nos outros países? A Sérvia revelou o método que a embaixada dos EUA usa para influenciar a opinião pública e preparar os eleitores e cidadãos norte-americanos para futuras ações militares em conflitos internacionais.

A informação foi divulgada pelo site analítico What They Say About USA (O que dizem sobre os EUA) que cita o site da união independente de jornalistas sérvios Nuns.rs.

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O que realmente significa a frase: "Ele não está interessado na dissolução do governo?", frase dita por um diplomata estadunidense após uma conversa com o premie sérvio. O que significa nesta conexão a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas?

O embaixador sérvio Michael Kirby declarou à mídia sérvia:

"Sou defensor da liberdade da mídia desde a infância, porque a minha mãe se formou como jornalista e o meu avô foi editor em um jornal. Por isso, sempre estive em meio de jornalistas toda a minha vida." 

​Se ele foi citado corretamente, é interessante saber como ele poderia ter sido um defensor da liberdade da mídia em criança? Ou seja, qualquer um pode ser especialista em jornalismo só porque a sua mãe é jornalista e o seu avô é um editor? Este realmente não é o melhor exemplo de amor pela liberdade de imprensa, escreve o site analítico.

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Em geral, Kirby afirma que "o problema de financiamento da mídia [sérvia] deve ser resolvido; há já muitos anos que é difícil porque grande número de meios de comunicação social está a simplesmente a tentar arranjar migalhas."

Enquanto isso, foi divulgado pela mídia sérvia que as embaixadas dos EUA e do Reino Unido têm financiado o Centro do Jornalismo de Investigação em Belgrado. As quantias doadas podem impressionar também, especialmente tendo em conta que foram inscritas na contabilidade do Centro como "doações e heranças". “Boa herança” nota o site analítico.

“É doloroso perceber que o jornalismo de investigação ocidental, considerado totalmente independente, não tem nada a ver com a realidade atual,” sublinha.

São dados como exemplo os artigos sobre armas de destruição em massa que Saddam Hussein alegadamente tinha, mas que na realidade nunca foram encontradas no Iraque. Enquanto isso, os iraquianos pagaram caro por este erro do "jornalismo de investigação" dos EUA – 350 mil vidas e um país completamente destruído. Enquanto isso, os EUA perderam 5 mil pessoas.

A mídia britânica também não ficou para trás: em dezembro de 2002 escreveu que os mísseis com armas biológicas de Saddam Hussein poderiam destruir Londres em 10 minutos. 

Um outro tema sensível do jornalismo investigativo ocidental são os sistemas de defesa antimíssil (DAM) norte-americanos na Europa, que deveriam proteger os europeus de mísseis iranianos e da Coreia do Norte. Apesar do acordo sobre o programa nuclear iraniano já ter sido assinado, os Estados Unidos não pretendem parar o seu programa de DAM na Europa. O site coloca uma questão que parece muito óbvia nesta conexão:

“Quando aparecerá pelo menos um artigo honesto sobre este tema no Washington Post ou New York Times?”

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Parece que isso só acontecerá se as embaixadas iraniana e norte-coreana atribuírem financiamento e comprarem espaço midiático para cobrir o tema. Mesmo assim, provavelmente não irá acontecer.

Michael Kirby falou a um grupo de jornalistas em Belgrado e divulgou informação sobre a sua conversa com o primeiro-ministro sérvio Alexandar Vucic, a quem ele teria dito que "ele não está interessado na dissolução do governo sérvio." 

O que esta declaração realmente significa, de acordo com What They Say About USA, é que se os EUA estivessem interessados, eles dissolveriam o governo da Sérvia. Mais uma vez, quanto à Convenção de Viena, esta já parece não estar em vigor no caso da Sérvia.

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