Site analítico dos EUA admite vitória de Putin e Rússia na guerra midiática

© AP Photo / Andrew HarnikUm candidato à presidência dos EUA fala em Washington. 18 de junho, 2015
Um candidato à presidência dos EUA fala em Washington. 18 de junho, 2015 - Sputnik Brasil
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Mídia dos EUA continua sua histeria midiática contra a Rússia. Os fundos alocados, projetos lançados e declarações escandalosas contra a Rússia continuam pouco eficazes face à verdade russa.

O site Observer News recentemente publicou um artigo analítico em que admite a postura ponderável do presidente russo Vladimir Putin e as vitórias na política estrangeira dos anos recentes:

“Hoje continua claro que ‘no mundo da mídia e relações públicas Vladimir Putin continua a figura forte e ímpar’”.

Ex-secretária dos EUA, Hillary Clinton - Sputnik Brasil
Ex-secretária dos EUA monitorou canal russo RT regularmente
A observação do site vem no fundo de outro artigo que provocou discussão pública. O jornal norte-americano The Washington Post publicara um artigo de David Kramer que chamou o canal de TV russo RT que transmite em várias línguas, inclusive inglês, de uma “máquina de Relações Públicas”. Além disso Kramer sugeriu congelar os ativos do RT, esquecendo o fato que a propriedade do canal não é de Estado. Mas a coisa mais ridícula é que na intensão de propagar a postura antirrussa o jornalista no seu artigo confundiu um canal de televisão, RT (sigla de Russia Today), com uma agência noticiosa, Rossiya Segodnya.

Em resposta, a chefe do RT Margarita Simonyan escreveu um artigo na mesma publicação, Washington Post, dizendo que seria ilegal privar o RT de ativos ou propriedade, já que o canal não é de Estado, mas tem financiamento público. Kramer justificara a sua ideia de congelar os ativos do RT alegando o caso da Yukos, uma petrolífera russa acusada de corrupção.

Situação na Síria - Sputnik Brasil
Síria: guerra midiática contra a Rússia continua
Parece que a retórica contra a Rússia não só é expressa em sanções econômicas, declarações de altos funcionários, mas também na extensa guerra midiática. Isso foi já sublinhado várias vezes pela representante oficial da chancelaria russa Maria Zakharova, que chamou a atenção ao seguinte fato: com o início da operação aérea russa na Síria ao pedido oficial de Damasco que visa lutar terroristas do Estado Islâmico, a tensão na mídia aumentou drasticamente.

Neste pano de fundo, as palavras do recente artigo de Washington Post parecem muito demonstrativas:

“Pelo menos, é irresponsável, negligente e desonesto comparar a propaganda russa com torturas, estupro religioso, crucificação de não convertidos e decapitação de inimigos praticados pelo Estado Islâmico. Além disso, tudo isso mostra que os Estados Unidos são mal equipados para enfrentar desafios na política externa que a Rússia apresenta”.

Em março do ano em curso, a secretária-assistente de Relações Europeias, Victoria Nuland, afirmou que o Departamento de Estado dos EUA aumentou duas vezes o orçamento para combater a suposta propaganda russa. E em agosto, lançou o projeto para atrair jornalistas que falem russo à luta contra alegadas ações de propaganda da mídia russa que "transmitem informações falsas" na Europa de Leste.

Enfim, o tempo vai mostrar se tudo é justo no amor e na guerra.

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