Em primeiro lugar, ele disse que Ancara piorou a sua atitude bruscamente em relação ao seu partido e acabou o diálogo com o PYD.
“O momento de virada foi em Tell Abyad [cidade no norte da Síria libertado por tropas curdas de militantes do EI em junho de 2015]. A transição desta região para o nosso controle barrou para os turcos um canal importante de comércio com os jihadistas. E, depois de Kobane, tornou-se pública ainda mais informação que mostra os seus negócios escuros”.
Falando da região onde foi abatido o Su-24 russo, Müslim disse o seguinte:
O líder curdo disse também que os interesses econômicos e a vontade de controlar a região estão por trás do apoio turco aos terroristas.
Müslim também abordou o assunto das relações com a Rússia e os EUA:
O político curdo também revelou os planos do seu partido:
“O nosso objetivo é continuar existindo no quadro da Síria unida, mas com direitos de cantão autônomo. Nós criámos uma nova formação estatal. Este é o modelo da futura Síria. Se na Síria se iniciar o processo de criação de um novo sistema estatal, ele deve acabar na formação de um modelo ampliado que criámos em Rojava [região curda na Síria]. No quadro deste modelo os curdos vivem junto com árabes, turcomanos…”.
Nesta terça-feira (24), um caça russo Su-24 foi abatido na Síria. O presidente Vladimir Putin declarou que o avião foi abatido por um míssil "ar-ar" disparado de um avião turco F-16, tendo o avião caído em território sírio, a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia. O presidente russo chamou ao abate do avião "golpe nas costas" por parte dos coniventes com o terrorismo.