Mas isso é impossível, sublinha Vojinovic.
"Atacar de imediato o avião que entrou no espaço aéreo estrangeiro é esquisito. O que é mais importante é que a Rússia desmentiu declarações [sobre a violação]", disse Vojinovic à Radio Sputnik.
Moscou disse que o Su-24 realizava uma missão contra o Estado Islâmico sobre o território da Síria.
Mesmo se imaginarmos que o Su-24 realmente violou o espaço aéreo turco, seria esquisito fazer algo com isso, destacou Vojinovic.
"A Turquia afirma que avisou o avião russo 10 vezes. Lançamento de tal número de avisos levaria 5 minutos. Temos aqui uma inconsistência. Dizem que a violação durou 17 segundos, mas teria lhes levado 5 minutos para lançar avisos", sublinhou o especialista.
Vojinovic notou que o piloto não é responsável por tais decisões.
"Ele abre o fogo se é atacado ou se recebe uma ordem", frisou.
Vojinovic chamou a morte do piloto do Su-24 de um "homicídio clássico".
Nesta terça-feira (24), um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco em espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi salvo e enviado para a base de Hmeymim.
Ancara declara que derrubou o avião russo porque ele violou o espaço aéreo turco, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que durante todo o voo o avião se manteve sempre sobre o território da Síria. "Isto foi registrado por meios de controle objetivos", acrescentou o departamento militar. O presidente russo Vladimir Putin chamou ao abate do avião "golpe nas costas" por parte dos coniventes com o terrorismo.