Segundo Peskov, o presidente "foi informado sobre o telefonema de Erdogan" mas os dois líderes não chegaram a conversar.
Comentando a instalação dos S-400, Erdogan disse que “aqueles que ficam ao lado da Síria provocam a escalada da tensão”.
Segundo Peskov declarou nesta sexta-feira (27), antes de a Turquia falar sobre o uso dos sistemas russos de defesa antimíssil S-400 na Síria como ato da agressão, é preciso qualificar as ações em relação ao Su-24 russo.
Peskov também declarou que as Forças Aeroespaciais da Rússia continuarão a operação na Síria sem quaisquer limitações, sublinhando que ele não tem conhecimento de acordos sobre a cessação de voos perto da fronteira turco-síria.
“Não sei nada sobre tais acordos. Partimos do princípio de que as Forças Aeroespaciais russas continuam a operação de apoio às Forças Armadas da Síria em ações de ofensiva contra organizações terroristas, e continuam sem quaisquer limitações no âmbito da missão bem conhecida,” disse.
O porta-voz do presidente russo informou que Vladimir Putin realizou uma reunião com os membros permanentes do Conselho de Segurança russo durante a qual “foi discutida a escalação da tensão da situação na Síria no pano de fundo das ações agressivas e imprevisíveis da Turquia”.
Na tarde da quinta-feira (26) o representante oficial do Ministério da Defesa russo, general-major Igor Konashenkov, declarou que o Ministério da Defesa russo e as Forças Armadas da Turquia rompreram qualquer cooperação, inclusive na assim chamada linha direta, geralmente usada para prevenir incidentes no espaço aéreo sobre a Síria.
As declarações veem após um avião russo Su-24 ter sido abatido na Síria. O presidente Vladimir Putin declarou que o avião foi atingido por um míssil "ar-ar" disparado de um avião F-16 turco, tendo o avião caído em território sírio, a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia. O presidente russo chamou o abate do avião de "golpe nas costas" por parte de coniventes com o terrorismo.