Opinião: França e Alemanha não apoiarão a Turquia no incidente envolvendo Su-24 russo

© Sputnik / Mihail Mokrushin / Acessar o banco de imagensA Su-24 bomber aircraft
A Su-24 bomber aircraft - Sputnik Brasil
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França e Alemanha não oferecerão apoio aberto à Turquia no incidente com o Su-24 russo, temendo escalação das tensões com a Rússia, o que pode ameaçar a criação de uma ampla coalizão contra o Estado Islâmico, disse à agência Sputnik o parlamentar austríaco Johannes Hubner.

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Após a derrubada da aeronave russa Su-24 pelas Forças Aéreas da Turquia na Síria, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeir, pediu cautela a Moscou e Ancara, destacando que o incidente não refletirá nas negociações sobre a crise síria. Por sua vez, o premier francês, Manuel Valls, declarou que o incidente demonstrou a necessidade de coordenação do combate ao Estado Islâmico.

“Muitos parceiros [da Turquia] na OTAN, principalmente a França, mas a Alemanha também, se encontrarão em uma posição delicada. Elas não tomarão, de modo aberto, o partido da Turquia, pois não querem piorar as relações com a Rússia para depois terem de dizer aos seus cidadãos que colaboraram para o desmantelamento da coalizão contra o Estado Islâmico. Para a França isso será particularmente difícil”, disso o deputado austríaco. Ele adicionou que a Turquia não tinha nenhum motivo lógico para abater a aeronave russa, mesmo se esta violou por um curto período de tempo o espaço aéreo turco.  

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Na terça-feira (24) uma aeronave russa Su-24 foi derrubada por um míssil ar-ar turco em espaço aéreo sírio, caindo a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia. O Ministério da Defesa russo garante ter provas objetivas de que em nenhum momento da missão a aeronave chegou a cruzar o espaço aéreo da Turquia. A Turquia afirma que a aeronave russa invadiu o seu espaço aéreo

A França faz parte da coalizão formada por 65 países que realizam ataques aéreos às posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Esta coalizão atua na Síria sem a autorização do governo local. Paris iniciou bombardeios mais intensos na Síria e enviou um porta-aviões para a região após uma série de atos terroristas na capital francesa em 13 de novembro, que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos.

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O presidente francês, François Hollande, encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira, em Moscou, para discutir esforços antiterrorismo, com atenções voltadas principalmente para a coordenação de atividades internacionais contra o Estado Islâmico. Segundo Hollande, França e Rússia decidiram compartilhar inteligência para lutar contra militantes do Estado Islâmico. O presidente francês declarou que a Rússia representa um dos mais importantes papéis do processo político por paz na Síria.

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