Dois dias depois dos atentados em Paris, o Ministério da Defesa sérvio enviou ao chefe da fábrica Zastava Oruzje, Milojko Brzakovic, os números de série das armas encontrados depois dos ataques. Foram sete ou oito fuzis AK-47. No entanto, o diretor frisou que nenhuma produção da fábrica se pode vender sem a autorização do Estado.
"Nos depósitos militares da Eslovênia, Croácia e Bósnia havia bastantes armas. Se nos lembrarmos dos anos 90, anos das sangrentas guerras civis no território da ex-Iuguslávia, podemos admitir que as armas podiam ter sido roubadas por criminosos ou terroristas".
O diretor da Zastava Oruzje fez lembrar que nos Bálcãs há territórios de contrabando ativo, entre eles: Bósnia e Herzegovina, a região sérvia de Raška e o Kosovo.
"No Kosovo o culto das armas é muito avançado, se pode encontrar lá quaisquer modelos. No entanto, não há dados apurados sobre a quantidade ou proprietários delas. A região de Raška também é uma zona de risco, já que o movimento wahhabita está interessado nela", adverte Andreja Savic.
O representante da organização Fórum para Estudos do Terrorismo Internacional Milan Pasanski tem uma opinião parecida:
"Na Bósnia há centros do treinamento dos wahhabitas, eles possuem certamente grandes quantidades das armas. É lógico pressupor que, a partir dos centros de wahhabitas, as armas continuam circulando, são fornecidas e vendidas a cúmplices, depois recebem dinheiro ou apoio logístico para cometer atentados terroristas".