Al-Abadi sublinhou que o Iraque aceita a ajuda norte-americana em relação a treinamento de militares mas não precisa de tropas terrestres estrangeiras no país.
"Não precisamos de forças militares estrangeiros no Iraque", disse o primeiro-ministro iraquiano após as declarações de Washington sobre os seus planos de prolongar a campanha militar contra o Daesh em território do Iraque, bem como da Síria.
O secretário da Defesa norte-americano Ashton Carter anunciou que os EUA instalarão um grupo expedicionário especial no Iraque e fez alusão ao possível envio de tropas terrestres à Síria para prestar ajuda na luta internacional contra o Daesh.
Todavia, já houve especulações sobre o envolvimento de tropas americanos na luta contra o Daesh no Iraque. Militantes curdos disseram ao jornal britânico The Guardian que os EUA têm participado de combates contra grupos jihadistas ao longo de meses.
Oficiais norte-americanos desmentiram estas informações, mas isso provocou preocupação de Bagdá: Washington pode usar a tática de missões clandestinas aumentando a sua presença no país.
Bagdá trata com cautela a ideia de intervenção norte-americana após a campanha militar de 2003. Muitos iraquianos permanecem céticos em relação às intenções dos EUA na região.
O porta-voz do grupo armado xiita Kata'ib Hezbollah, Jafaar Hussaini, disse o seguinte à Reuters: “Perseguiremos e combateremos qualquer força americana instalada no Iraque. Qualquer tipo de forças americanas será o primeiro alvo do nosso grupo. Combatemo-los antes e estamos prontos a continuar a luta”.
"Todos os iraquianos consideram /os americanos/ como invasores em que não convém confiar", afirmou o assistente sênior do líder da milícia da Organização Badr, Muen al-Kadhimi.