Na mídia internacional todos os dias aparecem muitas notícias, comentários, prognósticos analíticos em relação à questão: como impedir o Daesh de se expandir para outros países?
Comentando as fontes de financiamento do Daesh, o especialista disse que a fonte principal é o comércio de petróleo.
“A fronteira entre a Turquia e a Síria permanece aberta e pode ser atravessada desde o início da crise síria. O Daesh realiza comércio de petróleo, valores históricos e culturais roubados, manuscritos raros, órgãos humanos através de tais países como a Turquia e o Líbano, com a mediação de grupos de contrabandistas internacionais”, disse o especialista.
“As despesas mensais do grupo, tendo em conta despesas com armas, munições e alimentação de militantes nas regiões tomadas, atingem um milhão de dólares”, afirmou o especialista.
Muhhamed sublinhou que militantes têm várias tipos de armas. Uma parte delas passou para os jihadistas em resultado de combates contra os exércitos sírio e iraquiano. Muitos países como a Arábia Saudita e o Qatar vendem armas no mercado negro, prestando apoio militar aos jihadistas. Na opinião do analista, estes países, bem como os EUA, poderão depois enviar os militantes sobreviventes para travar guerras no Iêmen, Líbia e no Norte de África.
Girbek afirma que o Daesh propaga a sua ideologia prestando apoio à prática religiosa e usa com êxito as tecnologias modernas para manipular a psicologia das pessoas. Na opinião do jornalista, os ataques em massa são o único meio de lutar contra o Daesh.
Girbek disse ainda que, não obstante, lutar contra o Daesh é muito difícil.
“<…> os EUA, a Rússia e outros países realizam ataques aéreos contra as posições do Daesh em Raqqa. Depois disso, os jihadistas deixam os seus postos de controle e se escondem nas cidades, se misturando com a população urbana”, disse Girbek, acrescentando que, sem uma operação terrestre, Raqqa não poderá ser libertada.
Mas ainda não é possível dizer para onde irão os jihadistas.