O secretário do Conselho de Discernimento do Irã, Mohsen Rezaie, reagiu a essa intervenção e disse ter provas irrefutáveis da cooperação turca com o Daesh, também conhecido como Estado Islâmico.
O especialista comprova que as evidências apresentadas pela Rússia são verdadeiras e mostram o envolvimento da Turquia no comércio com o Daesh. No entanto, ele frisa que resta provar que o presidente turco participa diretamente no esquema ilegal.
O diplomata está certo que Erdogan não poderá enganar o povo turco e desmentir os materiais apresentados pela Rússia que provam as ligações diretas entre a Turquia e o Daesh.
“É com este objetivo que Mohsen Rezaie fez a intervenção dirigida ao presidente Erdogan. Se o líder turco continuar negando o evidente, dispomos de fotos, vídeos, dados de GPS sobre a localização e deslocação dos caminhões com o petróleo”, afirmou o especialista.
O especialista assinalou que a evidência mais clara da cooperação da Turquia com o Daesh é o abate da aeronave russa Su-24 por um caça turco no território sírio e não turco.
“O Irã, tanto como Rússia, considera como o seu dever a publicação das evidências que possui. É hora de Erdogan acabar com ameaças e demitir-se. Para além disso, hoje até os líderes ocidentais condenaram as ações de Erdogan e até falaram abertamente sobre os acordos petrolíferos da Turquia e Daesh. Em particular, o secretário das Finanças norte-americano falou disso. A Alemanha condenou também as ações da Turquia. Ergodan estragou profundamente as relações com muitos países por causa da sua política extremamente ambiciosa”, opina o diplomata iraniano.
O incidente com o avião russo Su-24, abatido pela aviação turca na Síria, provocou uma séria deterioração das relações entre a Rússia e Turquia. O caso foi tachado de "um golpe nas costas" pelo presidente russo Vladimir Putin e levantou sérias denúncias sobre o suposto envolvimento do presidente turco Erdogan no comércio ilegal de petróleo promovido pelo grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) na Síria.