O incidente com o avião russo Su-24, abatido pela aviação turca na Síria, provocou uma séria deterioração das relações entre a Rússia e Turquia. O caso foi tachado de "um golpe nas costas" pelo presidente russo Vladimir Putin e levantou sérias denúncias sobre o suposto envolvimento do presidente turco Erdogan no comércio ilegal de petróleo promovido pelo grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) na Síria.
“Após os ataques da Força Aérea da Turquia contra o caça russo, todos os olhos ficaram voltados na direção da Rússia e sua possível resposta militar. Alguns analistas falaram sobre o poder de combate da Turquia e os outros começaram a especular sobre quem, em última análise, seria o vencedor desta disputa, esperando novas ações por parte da Rússia. No entanto, poucos perceberam que o vencedor foi determinado já no primeiro dia do incidente. E este foi a Rússia”, escreveu o colunista Vandad Alvandipoor ao Shargh Iran.
Além disso, algumas horas após o ataque contra o seu caça, a Rússia decidiu fornecer à Síria o sistema de defesa de mísseis S-300, o que protege o país de qualquer ameaça potencial que surgiriam nas imediações de seus combatentes.
“Em outras palavras, por causa das ações imprudentes da Turquia, a Rússia está agora, não só entregando à Síria o mais recente sistema anti-aeronaves e expandindo sua frota no país, mas também dizendo às suas contrapartes, ou seja, a Turquia, os EUA e seus aliados na OTAN, a nova regra em caso de ameaça: se continuar a interferência das ações da Rússia na Síria, isto vai ter uma resposta imediata”, argumentou o colunista.