O porta-voz da Rosneft, Mikhail Leontyev, não comentou a situação mas afirmou: “Os nossos contatos com a Venezuela têm um caráter de longo prazo e não estão ligados à conjuntura política. São projetos comerciais desenvolvidos na base da nossa perceção de que a Venezuela tem um papel notável e uma base de recursos [naturais] com grande perspectiva”.
Há pouco, o embaixador russo em Caracas desmentiu a informação sobre uma eventual evacuação.
“Tal não corresponde de maneira nenhuma à realidade”, disse o embaixador russo na Venezuela, Vladimir Zayemsky, na terça-feira (8) em entrevista telefónica à RIA Novosti.
O diplomata russo afirmou que as famílias dos funcionários da Rosneft, tal como outras pessoas, podem ter alguns planos antes das férias do Ano Novo. Por isso, algumas delas podiam ter deixado Caracas mas isso não é uma evacuação.
Segundo a RBC, nos últimos anos a empresa estatal russa desenvolveu tais projetos como o Carabobo-2, Chunin-6, Petromonagas, Boqueron e Petroperiha, cujas reservas se equivalem a mais de 20,5 bilhões de toneladas. Em 2014, a Rosneft e a empresa venezuelana PDVSA assinaram dois contratos segundo os quais a empresa venezuelana fornecerá à Rosneft 3,2 milhões de toneladas de petróleo e 16,5 milhões de toneladas de derivados petrolíferos durante 5 anos. Além disso, a Rosneft aumentou a sua parte participação no consórcio petrolífero nacional que possui 40% da empresa conjunta russo-venezuelana com a PDVSA-Petromiranda.
No domingo passado foram realizadas as eleições parlamentares na Venezuela nas quais a coalizão de direita Mesa da Unidade Democrática (MUD) obteve 99 assentos no parlamento — contra 46 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro. A nova Assembleia Nacional (parlamento venezuelano) assumirá as suas funções a partir de 2016.