Croft disse ao comité da Câmara dos Comuns que há outros produtos anti-malária que são mais seguros.
“Mefloquine é o menos seguro entre todos os [medicamentos] anti-malária que são usados atualmente”, afirmou Croft.
O tenente-coronel britânico disse que já havia avisado sobre o perigo de Lariam quando servia no Exército mas que a reação foi “uma mistura de não entendimento, indiferença e às vezes hostilidade”.
Havia uma preocupação sobre a segurança dos militares britânicos depois de a sondagem realizada pelo Freedom of Information ter revelado que, desde 2007, cerca de 1 mil militares que tomaram Lariam precisavam de ajuda médica por causa de problemas mentais.
A empresa também avisou em 2013 que o Lariam provoca alucinações, pensamentos suicidas, etc.
Há muitos outros medicamentos eficientes e menos caros que Lariam usados pelas Forças Armadas dos outros países. O Canadá, a Dinamarca, a França, a Alemanha, a Holanda, a Noruega e os EUA também proibiram o Lariam ou usam-no em último caso.
Há quem especule que o ministério britânico dá estes medicamentos ao exército britânico mas não aos pilotos ou motoristas porque conhece os seus efeitos secundários.
“Não há medicamentos anti-malária que não tenham efeitos secundários mas é crucial que protejamos o nosso pessoal desta doença potencialmente fatal <…>”, disse o porta-voz do ministério.
Também afirmou que Mefloquine pode ser prescrito a alguns grupos de militares quando estes são enviados para certas áreas ou por causa do seu historial clínico.