Mozhin afirmou: “A decisão da Assembleia de Governadores do fundo permite com certas condições financiar programas do fundo em caso de moratória da dívida pública. Votei contra. Não posso dizer nada sobre o resto de governadores devido à política de confidencialidade”.
Na opinião de muitos especialistas, a discussão deste documento está ligado à ameaça de moratória da Ucrânia relativamente à dívida de 3 bilhões de dólares à Rússia e às aspirações do fundo de salvar Kiev. Entretanto, a posição oficial do FMI é que a ideia de realizar esta reforma se desenvolve já há alguns anos.
O ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, criticou a decisão.
“A decisão de alterar as regras parece apressada e tendenciosa. É tomada exclusivamente em detrimento da Rússia e com o objetivo de legalizar uma possibilidade de Kiev não pagar as suas dívidas”, disse Siluanov.
No fim de novembro, o primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatsenyuk afirmou que Kiev não pagará 3 bilhões de dólares da dívida à Rússia e que o país não aceitará outras condições de reestruturação. A ministra das Finanças ucraniana, Natalya Jaresko confirmou a possibilidade de o país se recusar a pagar a dívida à Rússia por causa da “pressão forte de parte de povo, que está contra o retorno desta dívida“.
Na quarta-feira (9), o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse aos jornalistas do canal televisivo Rossiya 24: “Quanto a estes 3 bilhões…com certeza, não nos resignaremos a isso. Iremos para tribunal e iremos solicitar a moratória de todas as dívidas da Ucrânia, que mais podemos fazer?”
O ministro das Finanças russo acrescentou também que a Rússia pretende convocar uma reunião da Assembleia de Governadores do FMI para confirmar o estatuto da dívida soberana da Ucrânia em relação à Rússia.