Nesta terça-feira (15), Lavrov está mantendo, em Moscou, um encontro com o seu homólogo estadunidense, secretário de Estado John Kerry. É a segunda visita de Kerry à Rússia em sete meses.
#Lavrov-#Kerry talks in Moscow /Лавров-Керри в Москве pic.twitter.com/bQMIDGRaI0
— MFA Russia (@mfa_russia) 15 декабря 2015
Realmente, uma das primeiras declarações no âmbito do encontro foi precisamente esta, a de que os EUA concordam com a Rússia em reconhecer o Daesh (grupo terrorista também conhecido como "Estado Islâmico") como uma ameaça comum para todos os países.
O Daesh não pode ser um parceiro de diálogo, frisaram ambos. "Eles [os teroristas do Daesh] não deixam para nós outra opção senão lutar", ressaltou o diplomata estadunidense.
Diálogo construtivo
"É claro que existem divergências entre os nossos países, mas apesar disso, nós demostramos que podemos trabalhar e colaborar com eficiência. Assim, a Rússia deu a sua contribuição muito importante na obtenção do acordo sobre o programa nuclear iraniano, e também em ambos os encontros de Viena vocês mostraram que são nossos parceiros", disse Kerry.
Os encontros de Viena são uma série de conferências dedicadas à procura da paz na Síria. Eventos semelhantes foram organizados também em Moscou e Paris.
Além da Síria, John Kerry disse querer também um diálogo sobre a Ucrânia. Sergei Lavrov tem a mesma posição.
"E, claro, nós gostaríamos muito de continuar a conversação iniciada pelos presidentes [Vladimir Putin e Barack Obama] sobre o papel que os Estados Unidos podem desempenhar na regulação da crise ucraniana", disse o ministro das Relações Exteriores russo.
Antes de começar as negociações, Kerry sublinhou que o mundo inteiro irá tirar vantagens da cooperação entre a Federação da Rússia e os EUA.