O político está suspeito de traição nacional.
A Sputnik contatou o presidente da bancada do Partido Popular-Republicano no parlamento da Turquia, Ozgur Ozel, que expressou o seu apoio a Erdem. Sublinhou que investigações contra deputados oposicionistas são uma coisa habitual na Turquia.
“A investigação lançada contra o nosso colega, Eren Erdem, nós a avaliamos como um ataque das autoridades politizadas que visam limitar a oposição no país. A decisão de iniciar esta investigação tem caráter político e não jurídico”, disse Ozel.
“Tendo em conta tudo isso, pensamos que seria mais correto iniciar uma investigação não contra o nosso colega mas contra o promotor de Ancara, que fez esta conclusão”, afirmou Ozel.
Frisou que para o deputado, não é um crime compartilhar a sua opinião em entrevista se há provas das informações. Também não convém se esquecer da imunidade parlamentar e da liberdade de expressão que existem na Turquia – pelo menos na sua legislação.
“É evidente que as declarações do nosso deputado tocaram no assunto muito delicado para o partido ao poder. <…> Somente isso pode explicar porque o governo expressa tal reação demasiadamente [agressiva] e não adequada nesta situação”, disse o político.
Em 2 de dezembro do ano em curso, o Ministério da Defesa da Rússia mostrou dados que provam o envolvimento das autoridades turcas no tráfico ilegal de petróleo do grupo terrorista Daesh (“Estado Islâmico”). O Daesh proclamou o assim chamado “califado” em várias zonas dos territórios sírio e iraquiano, ameaçando outros países. O petróleo é uma importante fonte de financiamento do grupo, que apoderou-se de várias jazidas na Síria.