Desde que foi decretado o estado de emergência, quase 3 mil batidas policiais foram realizadas em todo o país e 346 pessoas foram detidas. Mais de 50 permanecem presas.
Em entrevista coletiva, o premiê francês enfatizou que as emendas constitucionais são necessárias para proteger a França da ameaça dos cidadãos franceses que retornam ao país após terem viajado ao território controlado pela organização extremista Daesh, também conhecido como “Estado Islâmico” (EI):
"A ameaça nunca esteve maior", disse o primeiro-ministro Manuel Valls. "Temos de enfrentar uma guerra, uma guerra contra o terrorismo, contra o jihadismo, contra o Islã radical".
As emendas constitucionais ainda precisam ser aprovadas por uma maioria de três quintos nas câmaras alta (Senado) e baixa (Assembleia Nacional) do Parlamento francês, onde o debate terá início em 3 de fevereiro.
O chamado Projeto de Proteção da Nação provocou críticas por parte de esquerda, incluindo os socialistas a que pertence o presidente, enquanto a direita aprova o endurecimento dos dispositivos constitucionais.
"Arrancar a cidadania de pessoas nascidas francesas, que pertenceram à comunidade nacional desde seu nascimento, levanta um problema substancial sobre um princípio fundamental: o direito a solo", afirmou a ministra a uma emissora de rádio na Argélia.
A França tem cerca de 3,5 milhões de binacionais.