A Assembleia Nacional ainda "chavista" aprovou, na quarta-feira (23), 13 novos magistrados principais e 21 suplentes ao Tribunal Supremo da Justiça (TSJ).
O TSJ venezuelano é composto de seis salas: Constitucional, Penal, Político-Administrativa, Civil, Social e Eleitoral.
Para vários opositores, a nomeação foi apressada.
"Estamos presenciando um assalto desesperado <…> Esta sessão, a poderíamos definir como a sessão do medo", afirmou o deputado da Causa Radical Andrés Velásquez, ao comentar a decisão na hora.
Mas quem são os magistrados principais?
São treze, como já se sabe: Calixto Ortega, Luis Damiani, Lourdes Suárez (Sala Constitucional), Juan Luis Ibarra, Yanina Karabín (Sala Penal), Marcos Medina, Eulalia Guerrero (Sala Político-Administrativa), Vilma Fernández, Francisco Velásquez, Iván Bastardo (Sala Civil), Alfonso Jesús Jiménez (Sala Social), Fanny Márquez e Cristian Zerpa (sala Eleitoral).
Para conhecer a postura dos juízes, vale lembrar Luis Damiani, um dos magistrados principais que respondem pela Sala Constitucional, que acusava, neste ano, "os setores que atacam de forma sistemática o Poder Judicial" de depender da "nostálgia daqueles tempos em que a justiça na Venezuela se ajoelhava ante os poderes econômicos que prevaleciam e se enfurecem ao ter que se enfrentar a uma jurisdição cujo único mandato é o estabelecido na Constituição da República Bolivariana da Venezuela e as leis".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu ao resultado das eleições legislativas com otimismo moderado, qualificando a derrota do oficialismo como "circunstancial". "Sairemos dessa", frisou Maduro.
A vitória parlamentar da oposição na Venezuela serviu parcialmente para reduzir a tensão por parte da Argentina, onde a causa neoliberal tinha formalmente chegado ao poder mais cedo, em finais de novembro. O novo presidente Mauricio Macri, que queria aplicar a "cláusula democrática" do Mercosul à Venezuela por supostas violações dos direitos humanos, deixou de insistir nisso ao saber os resultados das eleições.