Um acordo de defesa aérea conjunta entre a Rússia e o Cazaquistão foi celebrado em 2013. Recentemente, Moscou entregou um sistema S-300 a Astana. Por sua vez, os sistemas de defesa aérea da Rússia e da Bielorrússia já foram unificados.
A Armênia hospeda duas instalações militares russas, incluindo a base militar 102, localizada no norte da cidade de Gyumri. Operando sob a sua direção está o aeródromo baseando em Erebuni, cerca de 120 km ao norte de Erevan, capital armênia. As duas bases são capazes de abrigar entre 4.000 e 5.000 militares russo.
Comentando o acordo russo-armênio, a mídia turca em língua inglesa preocupada insinua que pode estar conectada à derrubada de um bombardeiro Su-24M da Rússia, por um caça da Turquia, sobre a Síria no mês passado, bem como a presença de bases norte-americanas em solo turco.
Em entrevista à RIA Novosti, citada pela mídia turca em língua inglesa Today’s Zaman e Hurriyet Daily News, o ex-vice-comandante das Forças de Defesa Aérea russas, Alexander Luzan, disse que acreditava que a decisão de criar um sistema de defesa aérea conjunto aconteceu devido aos eventos ligados à Turquia, com as perigosas manobras de Ancara, as bases norte-americanas e o desejo da Rússia de proteger os seus parceiros armênios.
Em declarações ao jornal, um funcionário anônimo disse que “Rússia e Armênia que devem se abster de ações que possam prejudicar a paz regional no Cáucaso”, com Ancara temendo que “a atitude de Erevan aumentasse o risco de confrontos na região”, presumivelmente referindo-se a intensificar os confrontos entre a Armênia e o Azerbaijão sobre a disputada região de Nagorno-Karabakh.
Por seu lado, o funcionário sugeriu que Ancara seja a favor de continuar com o seu “bom relacionamento” no Cáucaso. Ele afirmou que a Turquia não deve ter problemas com os vizinhos, pois sua política tem sido seriamente tensa nos últimos meses pelas aparentes ambições do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pela hegemonia regional, a partir de seu apoio a militantes antigovernistas na Síria, da derrubada do Su-24 russo e da intervenção ilegal da Turquia no norte do Iraque no início deste mês.