Em entrevista à Sputnik Turkiye, ele disse que as acusações são uma "campanha de linchamento" contra ele. E o Estado turco, segundo o deputado, pode ser interessado nesta campanha.
"Tudo o que foi escrito e dito em relação a mim no último período, é o exemplo mais visível da campanha de difamação contra uma pessoas que a mídia 'domésticada' pelo Estado pode iniciar ao haver uma solicitação específica", disse Erdem.
Aliás, o deputado desmentiu a própria acusação: "Há uns dias, o presidente [da Turquia] Recep Tayyip Erdogan acusou-me de 'ter declarado, em entrevista a um canal de televisão russo, que a Turquia vendeu gás sarin ao grupo [terrorista] Daesh [também conhecido como 'Estado Islâmico']".
"Eu sublinhei que foi através do território da Turquia que a matéria-prima era transportada à Síria. A promotoria se centrou nestas palavras da entrevista e lançou a investigação contra mim", ressaltou Erdem.
O deputado investigado lembrou que a Constituição turca prevê a imunidade de deputados, destacando que o Parlamento ainda não aprovou o início do inquérito.
No início de dezembro, o Ministério da Defesa russo apresentou dados que provam que o petróleo transportado pelo Daesh vai parar na Turquia, cruzando a fronteira sem obstáculos por parte turca.