“O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu designou Dayan para representar o Governo de Israel no Brasil por considerá-lo pessoa de sua inteira confiança política e pessoal”, diz a jornalista Daniela Kresch à Sputnik Brasil. Correspondente em Israel da TV Globo News e do jornal Folha de São Paulo, Daniela Kresch informa que Netanyahu utilizou a cota a que tem direito para preencher as chefias de missões diplomáticas no exterior.
Para Daniela Kresch, o grande erro cometido pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu foi a forma escolhida para anunciar o nome do novo embaixador para o Brasil:
“Ao invés de fazer o comunicado pelos canais competentes, um ofício formal ao Ministério das Relações Exteriores, Netanyahu utilizou a sua conta pessoal no Twitter para fazer este anúncio. Logicamente, este procedimento deixou muito irritadas as autoridades brasileiras, independentemente de qualquer conotação ideológica com a qual Dani Dayan possa estar envolvido.”
“Desde a sua exoneração e a substituição no cargo pelo próprio primeiro-ministro, Avigdor Liebermann não poupa críticas a Benjamin Netanyahu. Uma delas diz respeito a este episódio em que Liebermann criticou o primeiro-ministro por não ter sondado previamente o Governo brasileiro sobre a sua intenção de indicar Dani Dayan como próximo embaixador para o Brasil. Nas palavras de Liebermann, Dayan seria aceito em vários países, mas nunca no Brasil governado por Dilma Rousseff.”
Ainda de acordo com Daniela Kresch, outra forte carga que Netanyahu enfrentou foi a de opositores internos, como a de três ex-embaixadores israelenses que procuraram o Embaixador Henrique Sardinha, chefe da missão diplomática do Brasil em Israel, para que ele recomendasse ao seu Governo o não recebimento das credenciais de Dani Dayan ou mesmo vetasse a sua indicação: