“A condição mais importante do processo político é que as duas partes reconheçam que não há solução militar. No momento atual, é importante convencer o Talibã de que não há solução militar”, disse Haysom.
“Falei com um representante do Talibã e estou a ver que há grande entendimento de que, em primeiro lugar, qualquer resolução política será estável. No segundo lugar, o fato de que o Talibã não pode dirigir o país por si próprio, mesmo ao nível que existiu nos anos 90”, destacou o representante especial da ONU no país.
Frisou também que o Afeganistão precisará do apoio da comunidade internacional, bem como o Talibã se os seus representantes entrarem no governo.
“O único meio [para o Talibã] de atingir a legitimidade é ser uma parte do processo de paz internacionalmente reconhecido. Esperamos que o Talibã perceba a lógica da situação”, sublinhou Haysom.
Segundo o representante da ONU, agora o Talibã e o Daesh estão em confrontação mas a situação pode se alterar. Haysom destaca divergências significativas entre os dois grupos. O Talibã visa criar um califado no Afeganistão. O Daesh não está interessado somente no Afeganistão mas tem o objetivo de jihad global.