Em entrevista à Sputnik Brasil, a propósito dos artigos que escreveu para a revista “Carta Capital” sob o título de “Os 10 Principais Desafios da Política Externa Brasileira em 2016”, o Professor Stuenkel cita a necessidade de “consertar a economia; recuperar a liderança regional; colocar os direitos humanos e a democracia de volta na agenda; recuperar a voz perdida do Brasil frente a desafios globais; buscar mais acordos de livre comércio; convencer a presidente, o Congresso e a população de que política externa importa; desenvolver expertise de ponta em segurança cibernética; preparar-se para um mundo mais centrado na Ásia; continuar a trabalhar para reformar instituições internacionais; e, por fim, utilizar as Olimpíadas para promover a imagem desgastada do Brasil no mundo.”
Sobre este aspecto específico, o cientista político declara que as Olimpíadas e Paralimpíadas são a ocasião ideal para o Brasil tirar o máximo proveito destes grandiosos eventos esportivos, a fim de, através de suas representações diplomáticas pelo mundo e junto a organismos internacionais, acentuar a importância do país, que, mesmo com as conhecidas dificuldades, soube se preparar para acontecimentos de tamanha magnitude.
Em relação à recuperação da liderança regional, Oliver Stuenkel destaca os esforços feitos pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para demonstrar que o Brasil, devido ao seu tamanho e à sua projeção continental, pode estar à frente do grande bloco formado pela América do Sul.
Todos estes aspectos, conclui Oliver Stuenkel, se devidamente trabalhados pela política externa do Brasil, contribuiriam em muito para o revigoramento do país no exterior.