Sucesso da aviação russa na Síria contribui para êxitos no combate contra Daesh no Iraque

© Sputnik / Dmitry Vinogradov / Acessar o banco de imagensBombardeiro russo Su-34 decola da base aérea russa de Hmeymim na Síria
Bombardeiro russo Su-34 decola da base aérea russa de Hmeymim na Síria - Sputnik Brasil
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A operação antiterrorista russa na Síria fez com que os êxitos das forças iraquianas na luta contra o Daesh se tornem possíveis, destacou o analista político, Stephen F. Cohen, durante John Batchelor Show.

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Segundo Cohen, a operação antiterrorista de Moscou tem sido subestimada e não recebeu muita atenção na mídia norte-americana, embora esteja sendo muito bem-sucedida. O analista descreveu a contribuição russa na luta contra o Daesh como “enorme”.

Moscou apoiou as forças de Damasco a reforçar as suas posições para que sejam capazes de lidar com o Daesh. A operação contribuiu também para os êxitos no Iraque (que os EUA atribuem exclusivamente a si próprios), referiu o analista falando sobre a vitória recente em Ramadi.

“Os russos foram, embora não admitamos isso, os nossos parceiros militares nestas vitórias no Iraque. E, apesar disso, recentemente o Pentágono anunciou que ainda não compartilhará dados de inteligência com a Rússia sobre a localização de jihadistas na Síria”, notou Cohen.

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O analista opina que a posição do Pentágono reflete a sua ideia de que Assad deve sair do palco político do país, enquanto a Rússia aspira a assegurar que isso não acontecerá porque a saída de Assad significará que não haverá nem Exército sírio nem tropas no terreno contra o Daesh.

Além disso, a Rússia conseguiu minar a fonte principal de financiamento do grupo terrorista. O grupo lucrava muito com a venda ilícita de petróleo no mercado negro da Turquia.

A aviação russa tem bombardeado as infraestruturas do Daesh, inclusive caminhões-tanque de petróleo, notou Cohen. “Tudo isso causou um dano terrível para o Daesh”.

Na opinião do analista, na sua operação na Síria, Moscou tem usado uma tecnologia que aparentemente se tornou uma surpresa para o Pentágono. Este não podia admitir que Moscou possuísse mísseis de cruzeiro e aeronaves militares tão modernos.

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A campanha aérea da Rússia foi lançada no dia 30 de setembro de 2015, quando mais de cinquenta aviões de guerra russos, incluindo Su-24M, Su-25 e Su-34, iniciaram ataques aéreos de precisão contra alvos do Estado Islâmico na Síria, a pedido do presidente sírio, Bashar Assad.

No final de dezembro, o Ministério da Defesa informou que os aviões de combate russos tinham completado um total de 5.240 missões desde o início da operação aérea contra os militantes do Daesh na Síria.

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