Nestor Cerveró citou que durante o Governo FHC foi distribuído o pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões, pela venda da petroleira argentina Pérez Companc. Se forem verdadeiros, os documentos vão auxiliar a Operação Lava Jato a se aprofundar nas investigações da corrupção na Petrobras e considerar os Governos FHC (1995-2003).
“Esse grande esquema de assalto a Petrobras é uma coisa que não depende, na verdade, de uma orientação política partidária. É uma quadrilha que estava lá dentro, que tinha uma relação privilegiada com empreiteiros e capital privado. Uma quadrilha composta, entre outros, por pessoas que são quadros técnicos da empresa e que infelizmente provocaram essa devastação, que hoje a todos nos horroriza.”
Margarida Salomão ressalta que espera que essas denúncias obtidas através da delação premiada sejam acompanhadas pela mídia com a mesma persistência que tem sido dedicada às denúncias quando alcançam alguém ligado ao PT.
“Há pessoas ligadas ao PT que foram condenadas exclusivamente com base nessas delações, ou seja, com provas testemunhais. Nós consideramos que do ponto de vista constitucional e jurídico isso é muito insuficiente.”
De acordo com Margarida Salomão, a corrupção não é nova no Brasil, a novidade é o combate à corrupção.
“O que é novo no Brasil é que nós estamos investigando sem medo a corrupção no Governo. Este é um grande legado do PT, dos Governos do PT, particularmente do Governo Dilma Rousseff, que tem enfrentado esse processo corajosamente. A novidade é o combate à corrupção. A novidade é o fato de não se estar colocando obstáculos ao Ministério Público e à Polícia Federal para cumprir seu dever. Essa é que é a grande novidade, é a mudança histórica que a gente deve comemorar.”