"A história mostra claramente que esta nação teve muitas oportunidades de entrar em guerra ao longo dos séculos e sempre optou por não entrar em guerra, exceto uma vez, e foi uma guerra que nós fomentámos, no Ocidente, através do nosso ‘cão de ataque’, Saddam Hussein", disse O'Keefe.
O especialista destacou que há muitos exemplos de situações em que o Irã foi um abrigo para judeus e cristãos ao longo dos milênios.
"O Irã teve a coragem de chutar para fora o nosso fantoche, o Xá, que era apenas um lacaio da política ocidental, ele transformou a embaixada em Teerã em um ninho de espiões da CIA, ele torturava pessoas através da SAVAK [Organização de Segurança e Inteligência Nacional] das maneiras mais cruéis", assinalou O'Keefe.
Quanto às relações tensas entre o Irã e alguns dos seus vizinhos, O'Keefe respondeu que o governo de Teerã não pode negociar com os governos que não representam as suas populações.
"A única maneira de o Irã poder desempenhar um papel construtivo [nas relações] com todos os seus vizinhos é se os seus vizinhos tiverem realmente governos soberanos que refletem de alguma forma os pontos de vista e a vontade dos seus povos".
"Nenhuma nação ousava contradizer os Estados Unidos, e vimos uma mudança drástica. Agora as pequenas nações desafiam abertamente os EUA de forma regular; as alianças são feitas sem o consentimento ou a vontade dos EUA", observa o especialista.
"Dia a dia, o poder dos EUA está diminuindo a um ritmo tão dramático que eu tenho poucas dúvidas de que em breve iremos ver o colapso do sistema de petrodólares", concluiu Ken O'Keefe.