"A transferência não está atualmente aprovada", disse o oficial na quinta-feira (14). "Ele tem direito a revisão em um órgão vinculado, chamado de Conselho de Revisão Periódica, que determina se um detento representa uma ameaça contínua significativa à segurança dos Estados Unidos e <…> se o detido pode ser transferido", disse o representante da chancelaria norte-americana.
Em 2014, o Comitê de Inteligência do Senado divulgou um relatório de 6.000 páginas revelando a utilização de torturas por parte da CIA entre 2001 e 2006. As técnicas avançadas de interrogatório, aprovadas quando George W. Bush era o presidente dos EUA, incluíam tratamento severo dos detidos em centros de detenção dos Estados Unidos, inclusive na baía de Guantánamo.
"Estamos em várias fases de negociações com uma série de governos estrangeiros, incluindo fases finais para alguns governos", observou o funcionário.
Superar a resistência interna para realocar alguns dos prisioneiros de Guantánamo para solo americano é parte do esforço mais amplo para fechar o centro de detenção, acrescentou o funcionário do Departamento de Estado.
Mais cedo na quinta-feira, o Pentágono disse que os Estados Unidos transferiram 10 presos iemenitas para o governo de Omã.
No seu discurso de Estado da União no início desta semana, o presidente americano Barack Obama prometeu continuar trabalhando para fechar a prisão de Guantánamo antes de deixar o cargo, uma promessa que ele tem tentado cumprir dada a oposição no Congresso desde sua posse em janeiro de 2009.