A respetiva informação foi publicada pela mídia alemã, citando as investigações da empresa Lobby Control.
Os opositores do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) têm sempre criticado o documento, destacando a possibilidade de que as empresas dos EUA poderão usá-lo para ditar aos países europeus as políticas que lhes convêm.
Mas as pesquisas da Lobby Control e Corporate Europe Observatory mostram uma realidade ainda mais triste: as empresas norte-americanas já fazem pressão para mudar a legislação da União Europeia.
"Os lobistas lucram com a assim chamada cooperação regulamentar. Por detrás desta expressão está a ideia segundo a qual os projetos de lei são considerados do ponto de vista da possibilidade de criarem obstáculos ao comércio, mesmo antes de chegarem ao parlamento", escreveu o Der Spiegel.
O artigo da publicação também nota que, desde 1998, os funcionários dos EUA e União Europeia se encontram regularmente com o objetivo de verificar se os projetos de lei e regulações novas impedem ou não o comércio mútuo.
De mesma forma, os norte-americanos minaram em 1997 a iniciativa da UE de combate às substâncias que destroem a camada de ozono.
O artigo conclui que o setor financeiro e a indústria farmacêutica beneficiarão mais do que outros setores econômicos com a aplicação do polêmico TTIP.