O ministro da Defesa canadense Harjit Sajjan não recebeu o convite para a reunião da próxima quarta-feira (27), informou a rede noticiosa CBC.
Os seus homólogos da Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Holanda e EUA já confirmaram a sua participação no evento, a agenda do qual inclui primeiramente a discussão das formas de combate contra os terroristas do Daesh.
What a diff 6 mos makes: June 2015 — Canada Hosts Anti-ISIS Meeting; Jan 2016 — Canada Not Invited to Anti-ISIS Meeting. #becauseits2016
— James Bezan (@jamesbezan) 19 января 2016
A canadense CBC citou palavras do secretário parlamentar do chanceler do Canadá, Omar Alghabra, que avaliou a ausência do convite como "não sendo uma surpresa" tendo em conta o caráter "espontâneo" da reunião.
Cabe mencionar também que, durante o discurso do secretário da Defesa norte-americano Ashton Carter na semana passada, o Canadá não foi mencionado, quando o alto funcionário estava destacando “o papel importante” que os outros seis países [além dos EUA] convidados à reunião em Paris desempenham na luta contra o Daesh.
A CBC citou também vários especialistas canadenses em assuntos militares, que avaliaram a falta de convite como uma "indelicadeza". Dave Perry, do Instituto de Assuntos Globais do Canadá, disse que a situação significa que "o Canadá está fora das conversas cruciais".
"Nós não vamos estar presentes, enquanto outros membros importantes da coalizão estarão lá, tomando decisões sobre o desenvolvimento da missão", disse.
A coalizão internacional está realizando, já por mais de um ano, ataques contra posições do Daesh na Síria, mas a eficácia da operação já foi posta em questão inúmeras vezes.
A Rússia, que não faz parte da coalizão acima mencionada, lançou em 30 de setembro de 2015 uma campanha aérea a pedido do presidente sírio, Bashar Assad. Durante o tempo decorrido, a Força Aeroespacial russa, com a participação de navios da sua Frota do Mar Cáspio e de um submarino da Frota do Mar Negro (o Rostov-na-Donu) eliminou algumas centenas de militantes e milhares de instalações dos terroristas, além de minar a principal fonte de financiamento do grupo terrorista – o petróleo. Além disso, a Rússia conseguiu impedir parcialmente a venda ilícita de petróleo no mercado negro da Turquia.