Zakhrarova divulgou que o chanceler russo Sergei Lavrov deverá participar na Conferência de Segurança de Munique, mas o governo russo ainda não tomou a decisão sobre quem irá chefiar a delegação russa.
Falando sobre a situação na Síria, a porta-voz divulgou que os grupos terroristas no país se tornaram mais ativos face à realização de negociações sobre a resolução da crise no país.
De acordo com o ministério, os terroristas podem usar as fortificações construídas na Turquia na fronteira com a Síria como seus bastiões.
“Não podemos excluir que estas fortificações na fronteira sírio-turca possam ser usadas por grupos militantes como seus bastiões”, disse.
Ela também destacou que Moscou está surpreendida com as declarações de Washington de que os Estados Unidos "não veem" o fornecimento de ajuda humanitária a este país árabe.
Além disso, “forças externas” continuam fornecendo armas aos terroristas na Síria:
“Enquanto todas as partes envolvidas esperam começar o diálogo construtivo e… inclusive o diálogo entre o governo sírio e a oposição, forças externas continuam ajudando os militantes na Síria, inclusive os grupos terroristas, por meio do fornecimento de armas e munições.”
A Rússia, que não faz parte da coalizão acima mencionada, lançou em 30 de setembro de 2015 uma campanha aérea a pedido do presidente sírio, Bashar Assad. Durante o tempo decorrido, a Força Aeroespacial russa, com a participação de navios da sua Frota do Mar Cáspio e de um submarino da Frota do Mar Negro (o Rostov-na-Donu) eliminou algumas centenas de militantes e milhares de instalações dos terroristas, além de minar a principal fonte de financiamento do grupo terrorista – o petróleo. Além disso, a Rússia conseguiu impedir parcialmente a venda ilícita de petróleo no mercado negro da Turquia.
Crise migratória na Europa
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo também comentou as políticas europeias em relação à crise migratória e disse que estes são "irresponsáveis" e "representam uma ameaça para todo o continente".
De acordo com o Ministério do Exterior russo, a Europa está em meio de uma crise séria de refugiados, em uma altura em que milhares pessoas da África do Norte, Oriente Médio, Ásia Central e Ásia do Sul estão buscando asilo para escapar à pobreza e à violência nos seus países.