A China, qual Fénix, renasce sempre das cinzas

© AP Photo / EyePressMoedas e notas de yuan chinês em torno de um dólar norte-americano
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A China não irá regular deliberadamente o câmbio do yuan. A volatilidade dos câmbios é resultado das forças de mercado e o governo chinês não planeja e não irá conduzir uma política que vise desvalorizar a sua moeda.

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Esta informação foi divulgada à agência Bloomberg pelo vice-presidente da China Li Yuanchao como resposta à crítica feita à China pela diretora do FMI, Christine Lagarde. Ela disse em particular que a China deve considerar mais seriamente a situação nos mercados financeiros.

Desde o início deste ano, a queda do yuan em relação ao dólar continuou, estabelecendo uma série de recordes. Muitos especialistas consideraram isto como desvalorização deliberada para apoiar as exportações chinesas, que estão diminuindo. Em resposta, o premiê chinês Li Keqiang, durante um encontro com o presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, manifestou que o lado chinês não pretende usar o yuan mais barato para estimular as exportações, mas irá sim manter um câmbio estável. 

A declaração de Li Yuanchao visa acalmar o mercado de ações da China, opina o especialista russo do Instituto da Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia Aleksandr Salitsky:

“Uma grande parte dos investidores chineses comporta-se de maneira bastante nervosa. Eles têm tendência a especular na bolsa, é uma peculiaridade do mercado chinês. Eles podiam pensar que as autoridades da China visavam seriamente desvalorizar a moeda. Nestes casos, é possível tentar desviar-se para outros ativos quaisquer, vender as ações e comprar divisas, esperando por algum efeito disso. Isto foi a razão, acho eu, da declaração de Li Yuanchao”

O que acontecerá com a economia chinesa?

O bilionário e investidor George Soros opina que a economia da China caminha para uma “aterrissagem de emergência”. Isto irá aumentar a pressão deflacionista no mundo e irá piorar a queda dos mercados de ações. Isso é quase inevitável, disse Soros à Bloomberg no Fórum Econômico Mundial em Davos. 

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É de lembrar que os tempos de crescimento do PIB chinês em 2015 foram os piores dos últimos 25 anos. Eles desceram para 6,9 %, contra 7,3% em 2014.  

Entretanto, Chen Fengying, diretora do Instituto da Economia Mundial da Academia Chinesa de Relações Internacionais Contemporâneas, não concorda com a previsão fatalista de Soros:

“A economia chinesa, em todas as etapas do seu desenvolvimento, sofreu as mais diversas dificuldades, mas sempre as superou e avançou. O mesmo acontece agora. A China, qual Fénix, renasce sempre das cinzas…”.

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