Segundo os materiais da investigação, Besim discutia com os seus cúmplices potenciais a possibilidade de instalar um engenho explosivo no marsúpio de um canguru. Eles também planejavam pintar no animal o símbolo do Daesh e lançá-lo contra policiais em Melbourne ou na povoação-vizinha de Dandenong durante a cerimônia comemorativa no Dia das Forças Armadas da Austrália e Nova Zelândia (ANZAC).
As acusações contra Besim são baseadas na sua correspondência na Internet na qual ele discutia o assassinato de um policial, expressando o desejo de decapitá-lo e disparar contra os passantes usando a arma pessoal do policial.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.