Desde que foi firmado, em setembro do ano passado, o acordo vem dividindo o Leste Europeu. A Polônia vem sendo especialmente hostil, e a questão provocou tensões com Berlim. As relações entre os dois países já haviam piorado quando o partido Lei e Justiça venceu as eleições de outubro.
Durante sua visita à Polônia, Gabriel procurou acalmar os ânimos poloneses. O vice-chanceler afirmou haver dito a Moscou que a construção do Nord Stream 2 só iria adiante se o fornecimento de gás via Ucrânia continuasse.
No dia 18 de janeiro, durante um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o presidente polonês, Andrzej Duda afirmou que o Nord Stream 2 prejudica a solidariedade na União Europeia e é ditado por políticos — não por questões econômicas.
“Discordamos deste investimento. Não tem nada a ver com economia. É um investimento de natureza política”, disse Duda segundo a Reuters.
No último mies de novembro, o ministro da Economia da Eslováquia, Vazil Hudak, apontou que seu país perderia até US$ 400 milhões por ano com um novo gasoduto, já que a Eslováquia recebe uma quantia por servir de caminho do gás russo até a Europa.
No dia 20 de dezembro, Gabriel afirmou que a Alemanha estava interessada no Nord Stream 2. Segundo ele, o projeto poderia ser lucrativo para Alemanha e França, assim como para outros países da União Europeia, mas que condições políticas seriam cruciais para a implementação.