De acordo com as informações da agência de notícias Anadolu, os chanceleres primeiro tiveram uma reunião privada e depois a ampliaram. No entanto, os jornalistas ficaram proibidos de acompanhar o encontro, que teve lugar no palácio Dolmabahce.
Dolmabahce já se tornara o alvo de um atentado em agosto de 2015.
Segundo os dados disponíveis, a agenda da reunião da sexta-feira incluía o desenvolvimento das relações bilaterais e assuntos regionais.
O problema da Crimeia também foi discutido durante o encontro.
A Crimeia, uma península no mar Negro, foi parte da Ucrânia depois da queda da União Soviética. Em março de 2015, um mês depois do golpe de Estado na Ucrânia, os habitantes da Crimeia decidiram, por meio de um referendo, que não querem mais ficar nesse país e manifestaram o seu desejo de reintegrar-se à Rússia.
A sessão do Conselho está sendo preparada em um período difícil. Alguns especialistas comentam que a tentativa de Kiev de fortalecer as relações turco-ucranianas pode ser ligada à tensão nas relações turco-russas. Em 24 de novembro de 2015, a Força Aérea da Turquia abateu um avião da Força Aeroespacial da Rússia, que voltava à base aérea de Hmeymim, no solo sírio, depois de realizar um voo de combate contra os terroristas do Daesh (grupo terrorista também conhecido como "Estado Islâmico") sobre o território da Síria. Ancara alega que o avião russo teria violado o espaço aéreo da Turquia, mas a parte russa insiste que o avião permanecia no espaço aéreo sírio. Além disso, os pilotos não teriam ouvido nenhuma advertência dos aviões turcos, diz Moscou.
A Turquia também participa da luta contra o Daesh. Mas a lista de adversários desse país inclui os curdos, povo que habita principalmente no sul da Turquia. Ancara tem um histórico de confrontação com o braço armado do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK).