Um dos líderes neoconservadores dos EUA, que os seus opositores às vezes chamam de “falcão”, o senador John McCain, emitiu um comunicado no qual elogia a operação pelo fato de desafiar as “excessivas reivindicações marítimas” que alegadamente limitam os direitos e liberdades de outras nações segundo a lei internacional. Ele também manifestou esperança de que ações semelhantes “se tornem tão rotineiras que a China e outros reivindicantes irão aceitá-las como ocorrências normais”.
Entretanto, McCain parece ignorar o fato de que a China não tem nada contra a passagem de mais de 100 mil navios pelo mar da China do Sul, zona de importantes comunicações marítimas. Pequim manifesta-se contra passagem de navios militares pelas suas águas territoriais sem aviso prévio. Além disso, a China declarou repetidamente que está pronta a resolver quaisquer disputas territoriais na área através de negociações bilaterais com os países da zona, mas não com potências do exterior.
A China reivindica mais de 90 por cento do mar da China do Sul, mas há alegações similares por parte de Indonésia, Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan.
Os EUA não manifestam uma posição concreta na disputa territorial mas opõem-se fortemente à construção chinesa de ilhas artificiais na região. Washington teme que as ilhas possam ser usadas como postos militares, enquanto Pequim declara que irão servir em primeiro lugar para fins humanitários.