No dia 24 de novembro, um caça F-16 turco derrubou um Su-24 russo que participava de uma missão contra o Daesh em Latakia. Ancara alegou que o avião havia violado o espaço aéreo turco por 17 segundos e não respondeu aos avisos, mas oficiais militares russos e o piloto sobrevivente confirmaram que o avião não esteve no espaço aéreo turco nem recebeu avisos.
A derrubada do Su-24, descrita pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma “punhalada nas costas”, estremeceu as relações entre Rússia e Turquia, levando muitos a questionarem as verdadeiras intenções de Ancara na luta contra o Daesh. Além disso, o incidente “complicou uma situação já complexa na Síria, adicionando camadas de imprevisibilidade ao cenário”, aponta o Business Insider.
No último sábado, o Ministério da Defesa russo divulgou um comunicado afirmando que a suposta violação de sexta-feira não aconteceu. O órgão se referiu às alegações turcas como “propaganda sem fundamento” e forneceu uma explicação detalhada dos motivos pelos quais as alegações de Ancara são infundadas.
#SYRIAAircraft of the Russian air group in Syria have not breached the air space of TurkeyRussian Ministry of…
Posted by Минобороны России on Saturday, January 30, 2016
Leonid Kalashnikov, vice-líder do Comitê de Relações Exteriores da Câmara russa, afirma que Erdogan está usando as acusações recentes como uma tentativa de conversar pessoalmente com Putin. “Aparentemente, Erdogan não vem conseguindo encontrar-se com Putin, então está usando todas oportunidades”, disse o parlamentar à RIA Novosti.
“Acredito que essas alegações são uma tentativa inútil de justificar o traiçoeiro ataque ao Su-24”, afirmou Franz Klintsevich, vice-líder do Comitê de Defesa do Senado russo.