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Brasil espera que Bulgária ajude acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia

© Roberto Stuckert Filho/PROs Presidentes Rosen Plevneliev e Dilma Rousseff, reunidos em Brasília nesta segunda-feira, 1.
Os Presidentes Rosen Plevneliev e Dilma Rousseff, reunidos em Brasília nesta segunda-feira, 1. - Sputnik Brasil
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O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, está no Brasil em sua primeira visita oficial ao país. Como parte da agenda bilateral, Plevneliev se reuniu em Brasília nesta segunda-feira, 1, com a Presidenta Dilma Rousseff, para a assinatura de dois acordos de cooperação.

Um dos acordos é sobre a regulamentação da Previdência Social entre os países, e o outro na área da educação, para facilitar a realização de eventos científicos, intercâmbio de pesquisadores e financiamentos de projetos conjuntos de pesquisa entre os dois países.

Ainda na conversa entre os dois chefes de Estado, no interesse regional, o apoio da Bulgária para o avanço das negociações sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

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“A visita do Presidente Plevneliev se enquadra em contexto de maior aproximação regional, no marco das negociações do acordo de associação Mercosul-União Europeia”, disse Dilma após o encontro. “Juntamente com seus sócios do Mercosul, o Brasil tem todo o interesse em avançar na troca de ofertas e na negociação de um acordo que seja benéfico para o nosso bloco e para a União Europeia. Estamos seguros de poder contar com o apoio e o engajamento da Bulgária nessa direção.”

Segundo Dilma, também foi discutida a ampliação comercial e de investimentos entre os dois países, que deverá ser reforçada durante os eventos empresariais que serão realizados até quarta-feira, 3, para a comitiva búlgara, na Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, e na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

A Presidenta Dilma falou ainda sobre a preocupação em relação à crise de refugiados que atinge a Europa, a Ásia Central, o Norte da África e o Oriente Médio, cobrando da comunidade internacional providências em conjunto para o problema, em que, segundo Dilma, a Bulgária é peça chave para resolver a situação.

“Concordamos que a crise dos refugiados exige soluções coletivas por parte da comunidade internacional. Por sua posição geográfica, a Bulgária é ator fundamental na resolução desse tema, que afeta a todos os países direta e indiretamente, e é reconhecida sua posição equilibrada nessa matéria. Convergimos também sobre a necessidade de que se encontre solução política e abrangente para o conflito na Síria.”

A presidente disse que diante do atual quadro de insegurança internacional também conversou com o presidente búlgaro sobre a necessidade de se reformar o Conselho de Segurança da ONU, para que suas ações sejam mais eficazes e mais representativas.

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Em seu discurso, Plevneliev afirmou que a Bulgária pode se tornar uma porta de entrada do Brasil para a União Europeia, afirmando para sua colega brasileira que o país fará de tudo para que o acordo seja assinado o mais rápido possível.

“A Bulgária pode funcionar como uma porta de entrada do Brasil para a União Europeia, e vice-versa”, garantiu o Presidente Plevneliev. “O Brasil pode nos abrir as portas da América do Sul e América Latina. A Bulgária trabalhará para a finalização das negociações do acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia. Da nossa parte faremos todo o possível para que isso se faça o mais rápido possível.”

Ao final de seu pronunciamento, Dilma Rousseff agradeceu a visita da comitiva da Bulgária e lembrou ser metade búlgara, por parte de seu pai, Pedro Rousseff, que deixou aquele país na década de 1920.

Em 2012, o comércio bilateral Brasil-Bulgária registrou o maior volume de sua série histórica, atingindo US$ 438,9 milhões, o que significa um aumento de 55% em relação a 2011. O resultado positivo ocorreu principalmente por conta da aquisição de jatos da Embraer para uma companhia aérea búlgara. No mesmo ano, o Brasil ajudou financeiramente e doou mantimentos para apoiar a população búlgara, que foi atingida por fortes enchentes no sul do país.

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