O militante do Daesh refere-se no vídeo ao Al-Andalus (designação dada à Península Ibérica durante os séculos do domínio muçulmano), é dito:
“A Península Ibérica jamais será esquecida <…> Al-Andalus tem paciência. Não eras espanhola nem portuguesa, mas sim muçulmana”, palavras citadas pelo El Mundo.
“Nenhum muçulmano pode esquecer Córdoba, Toledo e Xátiva (Valência). Há muitos muçulmanos sinceros e fiéis que juram recuperar Al-Andalus. Juro que pagareis um preço muito alto e que o vosso final será muito doloroso. Se Deus quiser, recuperaremos Al-Andalus”, diz o jihadista mascarado falando no vídeo.
"O combate ao terrorismo não é uma coisa pública, é uma coisa que se faz de portas para dentro. Obviamente que, se temos informação de órgãos de comunicação social, estamos atentos. A partir do momento em que a situação é normal em cada Estado-membro, não vale a pena estarmos a reagir cada vez que há uma informação deste tipo. Passa-lhe pela cabeça quantos alertas é que há diariamente ao nível dos Estados-membros nestas matérias? O terrorismo é uma coisa que é para ser tratada nos sítios certos. E o sítio certo não é na opinião pública. Porque senão tem um efeito contraproducente, que é entrarmos todos em histeria e em alarme social e não há necessidade nenhuma disso. Obviamente que estamos preocupados, só que estas coisas não são publicitadas. Mal será quando elas tiverem que ser publicitadas, é mau sinal. Isto são operações policiais, de investigação criminal, as coisas passam-se na retaguarda. Estas informações na imprensa podem instalar o sentimento de insegurança nas sociedades. A informação só é dada em último caso. É uma atividade permanente. Portugal mantém-se atento a todos os sinais que ponham em causa a segurança do país e reafirma a sua confiança nas forças e serviços de segurança".
Entretanto, a porta-voz deu a entender que o fato de não ter havido ainda atentados terroristas em Portugal não é razão para não estar atento.
"O terrorismo, como sabe, joga com a imprevisibilidade, temos que ter em conta que um dos lados piores do terrorismo é a sua imprevisibilidade".
Já um ex-militar, o coronel Rodrigo Sousa Castro, falando sobre esta ameaça, disse-nos o seguinte:
"Como pode o Estado Islâmico [também chamado de Daesh], após a decidida entrada em cena da Federação Russa, que obrigou os seus bandos a passarem para a defensiva, ameaçar seja quem for fora da sua cada vez mais reduzida e precária zona de influência? Para mim, trata-se de uma fanfarronada. Simplesmente uma fanfarronada".